terça-feira, 25 de abril de 2017

Movimento Antropofágico

Criado em 1928, Oswald de Andrade usa o Movimento Antropofágico para reforçar o Movimento Pau-Brasil, porém neste as ideias são mais políticas e a linguagem, mais literária. Após uma reunião na casa de Mário de Andrade, o manifesto foi publicado na Revista de Antropofagia com a ajuda de Raul Bopp e Antônio de Alcântara Machado.


Nesses manifestos, os autores foram influenciados pela filosofia, utilizando ideologias de pensadores como Sigmund Freud, Karl Marx, André Breton, Francis Picabia, Rousseau, Montaigne e Hermann Keyserling.

As obras continuaram sendo primitivistas e, ainda influenciados pela vanguarda europeia, buscavam a arte de exportação. No entanto, diferente do Pau-Brasil, os antropofagistas começaram a repensar a dependência cultural brasileira.

Os autores do movimento utilizavam linguagens metafóricas para recontar histórias brasileiras. Além disso, enfatizavam culturas latinas, ameríndias, africanas, norte americanas e europeias como forma de ironizar a submissão da elite e de propor autonomia cultural.


O Manifesto Antropofágico tem como marco principal a pintura Abaporu de Tarsila do Amaral, o livro Cobra Norato de Raul Bopp e a música As Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos. Posteriormente, a Antropofagia também influenciou a Bossa Nova e o Tropicalismo, dois casos de "deglutição" e "devoração crítica" propostos por Oswald de Andrade.







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